Tradicional malharia da Serra Gaúcha amplia negócios e aposta em algodão orgânico em sua produção
O programa de cultivo do insumo, encabeçado pelo Instituto Casaca de Couro e subsidiado pela Anselmi, beneficiará mais de 800 famílias do agreste nordestino
Em sua trajetória de quatro décadas de mercado, a Anselmi, com sede em Farroupilha, na Serra Gaúcha, além de apostar constantemente em novas tecnologias, busca desenvolver estratégias mais sustentáveis que geram impacto positivo em sua cadeia produtiva. Recentemente, a marca lançou o projeto “Jornadas do Algodão Orgânico”, que passa a utilizar na produção a matéria-prima cultivada de forma agroecológica, em parceria com o Instituto Casaca de Couro. A proposta vai muito além de fornecer o insumo, mas está ancorada no desenvolvimento integrado local voltado à agricultura familiar.
A Anselmi industrializa a maior parte dos fios que utiliza, sendo o algodão brasileiro a sua principal matéria-prima. Essa iniciativa valoriza a cadeia produtiva local, reduzindo o translado de insumos e o impacto ambiental. Com isso, a empresa inova na produção dos fios, cria suas próprias misturas de materiais e entrega produtos com mais qualidade ao consumidor.
Atualmente, são mais de 800 famílias no agreste Nordestino, principalmente na região do semiárido da Paraíba, sendo impactadas positivamente pelo programa de cultivo do algodão orgânico. Desde 2015, o Instituto Casaca de Couro junto a outras três instituições – a Norfil, player do setor têxtil responsável pela fiação do fio do algodão sustentável; a Coopnatural focada na economia solidária e no comércio justo; e a Empaer que representa a extensão rural – contribuem para gerar uma cadeia produtiva sustentável, socialmente mais justa, com renda extra garantida às famílias dos agricultores e ecologicamente correta.
As entidades atuam de forma ampla fornecendo suporte técnico em todas as etapas de trabalho, desde a sensibilização dos agricultores familiares, capacitação com bases em metodologia livre de agrotóxicos, logística de manejo até a colheita, além de monitoramento, certificação orgânica, armazenamento, pesagem, pagamento direto ao agricultor até o processo final de beneficiamento da pluma e fiação.
Liderada pela fundadora Maria de Lourdes Anselmi e pelos filhos Sandra Anselmi, diretora de criação, Patrícia Anselmi, diretora de marketing, e Eduardo Anselmi, diretor administrativo e industrial, a Anselmi é uma das empresas que subsidia o programa de cultivo do algodão orgânico. A marca planeja para 2023 utilizar mais de 8% desse insumo, com aumento gradativo ao longo dos anos.
A saber:
Tudo começou há quarenta anos, quando Maria de Lourdes Anselmi buscava sua independência financeira por meio da moda. Ela iniciou a malharia em um cômodo de sua casa, na cidade de Farroupilha, com a confecção de camisas e tricôs. Hoje, a marca se tornou referência no mercado têxtil na América Latina. Imponentemente instalada em um parque fabril com 14 mil m², no Rio Grande do Sul – são três unidades localizadas na Serra Gaúcha, nas cidades de Farroupilha, Feliz e Alto Feliz, onde as coleções são minuciosamente elaboradas.
Informações
Anselmi – Matriz
Rua Av. Pedro Grendene, 50 – Volta Grande, Farroupilha – RS
Telefone: (54) 2628-3444
Instagram: @anselmi
Site: www.anselmi.com.br
FONTE: Lato Sensu
CAPA: Patricia, Maria de Lourdes, Sandra e Eduardo Anselmi_ foto AngeloDalBo
