No dia 15 de setembro foi comemorado o Dia do Musicoterapeuta no Brasil, um profissional que ajuda a melhorar a qualidade de vida das pessoas, gerando experiências sociais e afetivas, através da música. Nas enchentes de maio, aqui no Estado, a Associação de Musicoterapia do Rio Grande do Sul (AMTRS) teve um papel importante no atendimento dos desabrigados climáticos através do SOS ENCHENTES RS_Musicoterapia, umainiciativa dasmusicoterapeutas Natália Magalhães e Graziela Pires, com apoio Da AMT-RS e da UBAM.
A musicoterapia pode ser uma estratégia terapêutica para ajudar a reduzir a ansiedade e a depressão, e auxiliar na recuperação da saúde de pessoas com transtornos mentais e pacientes oncológicos. A música pode ajudar a expressar emoções, melhorar o bem-estar, e contribuir para a resolução de questões emocionais. Neste mês de outubro, a Associação de Musicoterapia do Rio Grande do Sul (AMTRS), reforça a importância da terapia para pessoas com câncer.
“A musicoterapia tem objetivos terapêuticos, ajudando o cliente a melhorar e desenvolver as suas habilidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Desenvolve potenciais e restabelece funções do indivíduo para que ele obtenha melhor qualidade de vida, seja pela prevenção, reabilitação ou tratamento de suas disfunções”, afirma Graziela Pires, presidente da AMTRS. A musicoterapia é indicada para crianças, jovens, adultos ou idosos, com ou sem transtornos ou atrasos no desenvolvimento e não exige que o paciente saiba tocar algum instrumento ou cantar. Pessoas com câncer em tratamento paliativo a musicoterapia também é indicada. Sabe-se que o manejo da dor em cuidados paliativos é muito desafiador. Embora os pacientes desejem ter sua dor controlada, eles também esperam por lucidez e boa qualidade de vida, bem como um senso de controle sobre suas vidas.
Na musicoterapia, trabalha-se com a promoção de saúde pelo fazer musical. “A musicoterapia pode auxiliar no desenvolvimento de várias demandas clínicas, desde bebês a idosos, onde o musicoterapeuta engaja no fazer musical, estimulando a criatividade no acesso a sua musicalidade para restabelecer a qualidade de vida, benefícios emocionais e de saúde, ativando memórias e atuando no desenvolvimento global deste indivíduo” afirma Carolina Veloso, vice-presidente AMTRS. Outro grupo que tem se beneficiado muito da musicoterapia é o de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista). As evidências têm mostrado que o processo musicoterapêutico ajuda a desenvolver habilidades cognitivas, sociais, emocionais, bem como expandir a sua criatividade e musicalidade, o que beneficiará a criança em todas as suas formas de comunicação e autoexpressão.
Durante as sessões em grupo ou individuais, os pacientes melhoram as relações sociais, trabalham a expressão corporal e coordenação motora. A exploração de sons e ritmos desenvolvem a capacidade de comunicação verbal, não verbal e musical. A prática também estimula a memória e desenvolve a autoestima.
Saiba outros benefícios da musicoterapia:
– A música ajuda a reduzir a pressão sanguínea e melhora a frequência cardíaca, diminuindo os níveis de estresse;
– Melhora do humor e da memória;
– Diminuição de sintomas de ansiedade e depressão;
– Estimula a atenção e concentração;
– Potencializa relações sociais e familiares prazerosas.
Sobre A Associação de Musicoterapia do Rio Grande do Sul
A Associação de Musicoterapia do Rio Grande do Sul (AMT-RS) foi fundada em 11 de novembro de 1968, Porto Alegre. É uma entidade sem fins lucrativos, com a finalidade de resguardar a defesa da classe e atuação profissional ética; promover o uso, desenvolvimento e divulgação da Musicoterapia no tratamento, educação e reabilitação de todos que a necessitem; congregar profissionais e acadêmicos de Musicoterapia e instituições oficiais e/ou particulares cujas áreas de atuação tenham relação com a Musicoterapia; estimular e promover a investigação e a pesquisa no campo da Musicoterapia; promover cursos de atualização e capacitação profissional; representar os profissionais do estado a nível nacional e em demais entidades latinoamericanas e mundiais da Musicoterapia; esclarecer a população e entidades frente a profissionais que fazem uso da musicoterapia de forma indevida, sem formação; e apurar e denunciar a prática antiética e que pode causar prejuízo à população, fazendo uso de instrumentos legais previstos no Estatuto da AMT-RS.
Fonte: Adriano Cescani
Crédito da foto: Musicoteparia – crédito AMTRS