O projeto da UNI foi idealizado com atenção e cuidado pela fonoaudióloga Cíntia Bonfante, especialista em neuropsicologia, e tem como diferencial o foco em “intervenção precoce”, ou seja, o objetivo de auxiliar crianças com dificuldades de desenvolvimento desde bebês. Atualmente, são mais de cem pacientes não só no ambiente clínico, mas também na escola, no domicílio e de modo online. “O enfoque principal é sempre alertar as famílias para buscarem a avaliação rapidamente, assim que notarem qualquer atraso, em especial quando a criança tem dificuldade no brincar, na alimentação, na interação social e quanto à ausência de balbucio nos bebês até o atraso na produção das primeiras palavrinhas”, instrui Cíntia.
A fonoaudióloga também atua como terapeuta ESDM (Modelo Denver de Intervenção Precoce, criado pelas pesquisadoras Sally Rogers e Geraldine Dawson, da Universidade de Denver, EUA, em 1980), com formação internacional para crianças pequenas que demonstram atraso do neurodesenvolvimento, além de formação internacional no método PROMPT nível avançado, destinado a crianças com transtornos motores de fala. O PROMPT é baseado em estímulos táteis, visuais e auditivos para ajudar o paciente a produzir sons, palavras e frases. O fonoaudiólogo usa toques leves e precisos na face, lábios, mandíbula e outras áreas relacionadas à produção de sons.
Cíntia ainda tem formação no Conceito Neuroevolutivo Bobath (desenvolvido por Berta Bobath, fisioterapeuta, 1907-1991, e Karel Bobath, fisiologista, 1906-1991, na Alemanha), igualmente focado em crianças com atrasos do neurodesenvolvimento. “Sempre olhei o paciente como um todo, de forma integral. Eu avalio uma criança com atraso de fala e sei que vai muito além de olhar apenas a sua boca. É preciso ter uma visão minuciosa sobre ela”, explica.
Nas redes sociais, Cíntia produz material onde disponibiliza um checklist online para a família preencher e identificar possíveis atrasos frente aos marcos científicos do desenvolvimento humano. O próximo passo é buscar ajuda de profissionais confiáveis, éticos e responsáveis.
“A UNI nasceu do desejo de unir mais profissionais de diferentes áreas em prol do melhor desenvolvimento das crianças. Formamos um elo entre terapeutas, escola e família para que todos possam seguir o mesmo caminho em busca do progresso de todos que nos procuram”, resume. E complementa, dizendo que “afinal, as crianças são o futuro da sociedade e precisamos prezar pelo seu melhor desenvolvimento sempre, principalmente na era do uso excessivo de telas e diminuição de interações pessoais entre os familiares”.
O Centro de Estimulação Precoce é um lugar de esperança. Para criar espaços atraentes e estimuladores às crianças de forma a que aprendam novas habilidades, é preciso modular as características do ambiente físico, adaptando-as em termos de espaço, acústica, iluminação, qualidade do ar, mobiliário e acabamentos. “Aprender qualquer habilidade é um processo emocional de vínculo e prazer, pois quando estamos motivados e gostamos de algo memorizamos muito mais rápido o que nos é ensinado”, finaliza, com conhecimento de causa.
Mais sobre a UNI
A Uni Centro de Estimulação Precoce foi projetada pelas arquitetas Camila Sirtori e Gabriela Lampert como um espaço de acolhimento, magia e encantamento. A ideia é ativar a criatividade das crianças para que elas não sintam que estão em terapia e sim, em um espaço lúdico, prazeroso e cheio de significado.
Cada cantinho foi projetado com enfoque na delicadeza das relações: na recepção, óleos essenciais ativam as memórias olfativas relacionadas à tranquilidade. Uma fonte dos desejos proporciona a mentalização de bons pensamentos; a porta para a parte interna, onde ficam as salas de atendimento, tem a forma de um portal com arcos floridos, representando o começo da jornada de transformação. As salas são temáticas – selva, praia, sala sensorial com coluna de bolhas iluminada, fibras óticas e balanços. E os pais tem seu próprio espaço de acolhimento para que possam trabalhar com notebook ou relaxar enquanto esperam os filhos. As frases, escritas em lugares estratégicos, enfatizam as crenças de que “cada criança é única” e “toda criança pode ter uma história de sucesso”.
Como símbolo da UNI, tsurus (origamis em forma de pássaro) voam próximos ao teto com uma claraboia, trazendo a sensação de estar em um ambiente externo, observando o céu. A confecção de tsurus vem da tradição japonesa – mil tsurus criados, com o pensamento focado em seu desejo, leva à realização do pedido. Os origamistas creem que o ato de dobrar o papel significa a transformação da vida. Isso porque, para eles, os papéis já foram uma semente que germinou, cresceu e tornou-se uma árvore.
Cíntia inspirou-se durante suas viagens aos Estados Unidos, em clínicas-modelo para o atendimento infantil. Na UNI, duas psicólogas ficam na recepção, onde se desenvolve o projeto “salas de esperança”, para fazer a escuta e o apoio aos pais, com assuntos diferentes abordados a cada semana. Conta-se ainda com nutricionista, psicólogo, psicopedagoga, assistente terapêutica para metodologias intensivas de tratamento do Modelo Denver de Intervenção Precoce, neuropsicopedagoga, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e até mesmo pet terapia.
“Ainda está muito difícil encontrar profissionais realmente capacitados e com expertise no atendimento precoce, por isso, planejo promover seminários e congressos sobre o assunto. A UNI também está capacitada para ministrar cursos em escolas”, projeta Cíntia para 2025.
UNI – Uni Centro de Estimulação Precoce
Endereço: Rua Dr. Montaury, 2090, bairro Panazzolo, Edifício Comercial Montaury
Telefone (whatsapp): 54 99100 4925
Instagram: @uni.desenvolvimentoinfantil @fonocintiabonfante
Crédito da foto: Cíntia Bonfante – Foto Melisa Boz
Fonte: Lato Sensu
